quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Counterfactual history

No sábado passado tive o privilégio de almoçar com o professor Fernando Novaes. Quem é um pouquinho familiarizado com história do Brasil sabe que o Sr. Novais é nada menos do que uma sumidade. Sorte a minha! Lá pelas tantas especulamos sobre o destino do professor Rogério, caso este tivesse feito seu doutorado 20 anos antes. E o professor Fernando jogou no ar: E se... o Sul dos Estados Unidos não tivesse abolido a escravidão? E se... o cristianismo não tivesse sido tornado religião oficial do Império Romano por Teodósio, em 380 d. C.? O que eu pensaria de uma história escrita assim, a partir de conjecturas, perguntou a mim. Excelente! - disse eu. E emendei: seriam fantásticas perguntas para estimular a criação de um romance, de uma ficção, pois havia tomado "história" em seu sentido amplo. E assim salvei meu lindo couro. Pois por pouco o professor entende que, de maneira semelhante a alguns departamentos de história nos Estados Unidos e na Itália, eu aprovo especulações desta natureza como História, a disciplina.


Non! Je ne suis pas fou!

 Pasmem: segundo a confiabilíssima fonte, teses de doutorado, às vezes acompanhados de calhamaços de estatísticas,  são produzidas a partir de perguntas assim, "o que teria acontecido, caso....".   E tanta gente séria sofrendo sem bolsa no Brasil : (

Passado o espanto (e indignação) inicial com estes loucos, posso me divertir com o tema. Na verdade, gostaria de propor uma perguntinha para historiados em terras distantes que serão pagos com o dinheiro do contribuinte local e, por vias indiretas, um pouco por nós (à medida que o lucro das empresas estrangeiras é repatriado de tempos em tempos).

 E se... todas as aventuras de Asterix tivessem de fato ocorrido?



O que seria de nós agora, ó ilustres historiadores? 
(Favor demonstrar com ajuda de fartas estatísticas, gráficos e tabelas).

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