Como bem sabemos, quando o "cidadão brasileiro de bem" - sabe aquele que supostamente paga os impostos, que troca de carro regularmente e vai lustrar sua cultura nos EUA ou na melhor das hipóteses em Paris- aparece na capa da revista VEJA, ele é um homem branco. Para a VEJA que universal e masculino se confundam é um óbvio ululante.
Isto é tão banal e repetitivo que seria um saco demonstrar.
Vale a pena, no entanto, estar atento a iniciativas ainda isoladas que trazem mulhees como possíveis universais, sem que isto evoque o seu sexo. Universal sem sexualização, é o que vemos abaixo, quando o cartunista Carlos Latuff desenha umA estudante como representante d@s estudantes que ocuparam a reitoria da USP.
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Esta é fresquinha, saída do forno hoje |
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Esta é de fevereiro de 2011 |
Neste contexto árabe que o nome Latuff evoca, lembrei-me de outra situação que merece menção honrosa. Isto foi lá no começo da Primavera Árabe, e a Carta Capital nos apareceu com esta mulher à esquerda. Além de sublinhar o novo ou renovado protagonismo feminino no Oriente Médio, a revista apresentou uma mulher como representante
"d@ manifestante da praça Tahrir".
Qual é o verdadeiro universal?
É quando um representante da espécie humana - para qualquer fim: científico, jornalístico, estatístico- puder ser uma mulher, negra e idosa, e ela ser reconhecida como tal.
É quando além de representar o universal, o homem branco, heterossexual também seja visto também como algo particular.
Por seus méritos, selo de qualidade feminista a ambos, Carlos Latuff e Carta Capital.
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