segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A feiura das línguas e o habitus autoritário

Trabalhando há alguns anos com a língua alemã, percebo que há bastante gente que já chega para ter aula influenciada pela imagem da nova Alemanha, que o Estado alemão procura tanto, e inclusive com bons meios financeiros, incutir aos seus cidadãos e transmitir ao mundo. 
Mesmo assim, sempre aparecem também alunos - de idades variadas - com aquela ideia da velha Alemanha, principalmente a velha Alemanha do nacional-socialismo, na maior parte das vezes mediada por Hollywood. 

Alemão seria uma língua agressiva e feia, dizem muitos - outros apenas pensam. 




Se, em primeira linha, o vídeo acima serve como exemplo de língua alemã, então só posso concordar: o discurso deste homem é feio, grosseiro e agressivo.
(Observação: há um forte ruído do microfone nesta transmissão, o som não está límpido.)
Agora, português parece uma língua cantada, afável,doce e lírica na voz desta homem?
Reparem no final. 



         Habitus fascista pode existir em qualquer língua. O amor e o lirismo podem ser cantados em qualquer língua. Conservemos a beleza de nossa língua. Exploremos sua potencialidade, diminuamos os ímpetos autoritários e fascistas que se apossam dela. 

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